
em Santa Teresa ( RS)
A Cooperativa Vinícola Garibaldi ( RS) comemora 94 anos de tradição com resultados expressivos e um novo projeto. A Garibaldi comemora os resultados da safra 2025 – recebendo 28,2 milhões de quilos de uva. Com uma estrutura robusta, a cooperativa conta com 470 cooperados, 222 colaboradores diretos e uma área de cultivo de 1,2 mil hectares. Em 2024, a Cooperativa Vinícola Garibaldi alcançou um faturamento de R$ 307 milhões.
A tradição da cooperativa caminha lado a lado com a inovação aplicada aos processos de produção das uvas. A Garibaldi está investindo em um projeto inovador: o vinhedo experimental.
Em parceria com seus cooperados, cerca de 50 variedades estão sendo cultivadas e avaliadas a partir de testes de adaptação nos vinhedos. A ideia é identificar quais as que apresentam maior adaptação ao clima da Serra Gaúcha para, assim, buscar alternativas às constantes mudanças das condições climáticas.
“O objetivo é verificar a adaptação ao terroir local e às mudanças climáticas e posteriormente, o potencial enológico dessas variedades”, explica o gerente de Assistência Técnica da Cooperativa, Evandro Bosa.
Atualmente, são quatro hectares com variedades sendo testadas. Todas são oriundas da Europa, de diferentes países – Portugal, Itália, Espanha, Geórgia, Ucrânia, Romênia, Grécia, Hungria e República Tcheca. Cada fileira do vinhedo contém uma variedade diferente, o que impõe um desafio extra no cultivo, já que o tratamento e o período de cada processo variam conforme a época do ano.
Inicialmente, a ideia era buscar variedades tradicionais, como Prosecco, Trebbiano, Chardonnay e Pinot Noir, mas se iniciaram também experimentos com as variedades mais resistentes oferecidas pelo viveiro italiano – em um processo que incluiu o próprio vinhedo experimental, a avaliação da adaptação das variedades em diferentes condições climáticas e microvinificações para avaliar o potencial enológico e o perfil aromático, comparando com variedades tradicionais. “Hoje, são 17 variedades oriundas do vinhedo experimental que estão em processo de microvinificação”, comenta o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari.
O processo determina se essas variedades vão ao encontro das demandas de mercado – levando em consideração o desempenho da produção no campo, o potencial de mercado, perfil aromático, maturação, perfil de vinho e um comparativo com variedades mais consolidadas. “Estamos em processos avançados de análise para o lançamento de novos rótulos a partir dos bons resultados em microvinificações com parte dessas variedades – a exemplo do Pálava e do Viogner, que passaram por processos semelhantes antes de serem apresentados ao mercado”, complementa Morari.
















































































