Vinícolas se unem e criam a Associação de Produtores  de Espumantes de Garibaldi

Associação de Produtores  de
Espumantes de Garibaldi (RS)

Reconhecida nacionalmente como a Capital Brasileira do Espumante, a cidade de Garibaldi, na Serra Gaúcha, dá um passo histórico para consolidar ainda mais sua identidade vitivinícola. Acaba de ser fundada a Associação de Produtores de Espumantes de Garibaldi (APEG), durante assembleia realizada na Vinícola Peterlongo — local emblemático onde foi elaborado o primeiro espumante do Brasil, em 1913.

A criação da APEG vem respaldada por números que reforçam a excelência da produção local. Das 6.710 premiações conquistadas por rótulos brasileiros em concursos internacionais, 1.162 foram atribuídas a espumantes de Garibaldi. No Concurso do Espumante Brasileiro, promovido pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), que avalia exclusivamente espumantes nacionais, 386 das 2.359 medalhas já conferidas têm origem em Garibaldi. As mais de 40 vinícolas existentes na cidade hoje, produzem anualmente 12 milhões de garrafas de espumantes. Esses dados evidenciam a força e a consistência da cidade na elaboração de espumantes que se destacam no Brasil e no mundo.

A criação da APEG é um passo estratégico e necessário para que possamos caminhar juntos em prol da certificação do espumante de Garibaldi. Somos produtores que compartilham da mesma história, do mesmo território e dos mesmos desafios. A associação surge para nos organizar como setor, promover a excelência do nosso produto e buscar, com legitimidade, o reconhecimento da Indicação Geográfica junto ao INPI”, afirma o presidente Ricardo Morari.

A ideia de criar a APEG começou em dezembro de 2023, quando os produtores locais realizaram a primeira reunião com o objetivo de avaliar o alinhamento do setor em torno de um projeto coletivo voltado à valorização do espumante de Garibaldi como produto típico, cultural e passível de certificação por Indicação Geográfica (IG).

A diretoria da APEG é composta ainda por Guilherme Pedrucci (vice-presidente), Talita Nicolini Verzeletti (1ª secretária), Márcio Dallé (2º secretário), Adalberto Bortolini (1º tesoureiro) e Jones Valduga (2º tesoureiro). A sede da entidade será junto a Apeme Collab, que funciona como um hub de inovação, no centro da cidade. O grupo fundador reúne dez vinícolas: Casa Pedrucci, Chandon, Cooperativa Vinícola Garibaldi, Courmayeur, Estabelecimento Vinícola Armando Peterlongo, Foppa & Ambrosi, Ponto Nero, Vinícola Carlesso, Vinícola São Luiz e Vinícola Vaccaro.

Sem fins lucrativos, a APEG nasce com o propósito de fomentar ações de pesquisa vitivinícola, qualificar o espumante como produto cultural de Garibaldi, promover o enoturismo, defender os interesses dos produtores e atuar de forma ativa na obtenção e preservação da Indicação Geográfica. 

Cooperativa Vinícola Garibaldi apresenta vinhedo experimental e comemora resultados

Vinhedo de cooperado da Garibaldi
em Santa Teresa ( RS)

A Cooperativa Vinícola Garibaldi ( RS) comemora 94 anos de tradição com resultados expressivos e um novo projeto. A Garibaldi comemora os resultados da safra 2025 – recebendo 28,2 milhões de quilos de uva. Com uma estrutura robusta, a cooperativa conta com 470 cooperados, 222 colaboradores diretos e uma área de cultivo de 1,2 mil hectares. Em 2024, a Cooperativa Vinícola Garibaldi alcançou um faturamento de R$ 307 milhões.

A tradição da cooperativa caminha lado a lado com a inovação aplicada aos processos de produção das uvas.  A Garibaldi está investindo em um projeto inovador: o vinhedo experimental.

Em parceria com seus cooperados, cerca de 50 variedades estão sendo cultivadas e avaliadas a partir de testes de adaptação nos vinhedos. A ideia é identificar quais as que apresentam maior adaptação ao clima da Serra Gaúcha para, assim, buscar alternativas às constantes mudanças das condições climáticas. 

“O objetivo é verificar a adaptação ao terroir local e às mudanças climáticas e posteriormente, o potencial enológico dessas variedades”, explica o gerente de Assistência Técnica da Cooperativa, Evandro Bosa.

Atualmente, são quatro hectares com variedades sendo testadas. Todas são oriundas da Europa, de diferentes países – Portugal, Itália, Espanha, Geórgia, Ucrânia, Romênia, Grécia, Hungria e República Tcheca. Cada fileira do vinhedo contém uma variedade diferente, o que impõe um desafio extra no cultivo, já que o tratamento e o período de cada processo variam conforme a época do ano.

Inicialmente, a ideia era buscar variedades tradicionais, como Prosecco, Trebbiano, Chardonnay e Pinot Noir, mas se iniciaram também experimentos com as variedades mais resistentes oferecidas pelo viveiro italiano – em um processo que incluiu o próprio vinhedo experimental, a avaliação da adaptação das variedades em diferentes condições climáticas e microvinificações para avaliar o potencial enológico e o perfil aromático, comparando com variedades tradicionais. “Hoje, são 17 variedades oriundas do vinhedo experimental que estão em processo de microvinificação”, comenta o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari.

O processo determina se essas variedades vão ao encontro das demandas de mercado – levando em consideração o desempenho da produção no campo, o potencial de mercado, perfil aromático, maturação, perfil de vinho e um comparativo com variedades mais consolidadas. “Estamos em processos avançados de análise para o lançamento de novos rótulos a partir dos bons resultados em microvinificações com parte dessas variedades – a exemplo do Pálava e do Viogner, que passaram por processos semelhantes antes de serem apresentados ao mercado”, complementa Morari.

Abertas inscrições para 8ª turma de Wine Maker Vinho Tinto da Miolo

Vinícola Miolo em Bento Gonçalves ( RS)

Estão abertas as inscrições para a 8ª turma Winemaker Vinho Tinto e as vagas são limitadas. A Miolo Wine Group já formou 134 winemakers, entre sete módulos de Vinho Tinto, três de Espumantes e, recentemente, um de Vinho Branco.

Com aulas teóricas e práticas, os candidatos ao título de Winemaker Miolo participam ativamente de cada etapa do processo de elaboração de um vinho, desde a poda até o engarrafamento. Quando a videira hiberna, no inverno, eles fazem a poda seca. Três meses depois, durante a primavera, voltam para o vinhedo para fazer a poda verde. Todo este cuidado no campo, chega ao auge na vindima, quando, em fevereiro, o grupo faz a coleta das uvas diretamente do Lote 43, vinhedo exclusivo para o projeto no Módulo Vinho Tinto. Por fim, em junho do próximo ano, acontece o corte do vinho e a cerimônia de formatura. Ao todo, são quatro encontros presenciais, com uma intensa programação dentro e fora da Vinícola Miolo, no Vale dos Vinhedos. Ao final, cada participante recebe 60 garrafas do seu próprio vinho com rótulo personalizado.

 

Sede do Grupo Miolo em Bento Gonçalves ( RS)

Lançado em 2008, o projeto é único na América Latina, permitindo aos apreciadores fazer seu próprio vinho, sob o comando do Diretor Superintendente da Miolo Wine Group, enólogo Adriano Miolo, acompanhado pelo time técnico. “Há mais de 15 anos, compartilhamos nossa rotina de produção, nossa história e expertise com pessoas que têm a curiosidade de conhecer mais a fundo este universo e elaborar seu próprio vinho. O resultado vai muito além, gerando apaixonados por esta cultura milenar”, destaca.

Os participantes são recebidos no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS). A experiência em hospedagem é no SPA do Vinho Hotel & Condomínio Vitivinícola. Almoços, jantares, atividades e degustações estão incluídas na agenda. O Módulo Winemaker Vinho Tinto Miolo é a porta de entrada para o projeto. Somente a partir dele é que é possível seguir para os módulos Espumante e Vinho Branco.

Informações e inscrições pelo e-mail winemakers@miolo.com.br.

Almaúnica lança degustação de vinhos ícones

Almaúnica no Vale dos Vinhedos ( RS)

A vinícola Almaúnica, que fica no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves ( RS), inicia em julho de 2024 uma experiência para seus visitantes que é uma imersão na elaboração de vinhos, percorrendo vinhedo e vinícola , com informações sobre todo o processo, incluindo uma aula sobre barricas de carvalho.

Após o tour pelas instalações , será realizada uma degustação de vinhos icônicos em local privilegiado da vinícola, com vista ampla para os vinhedos. Serão degustados os seguintes rótulos : um espumante sur lie exclusivo para a experiência com mais de 120 meses de autólise), três vinhos da linha parte 2 (Chardonnay, Merlot e Cabernet Sauvignon), o corte Bordales e o syrah especial S8.

A harmonização será feita com uma linha exclusiva de azeites Sabiá, queijos três Montes e charcutaria Zampa Grigia,produtos locais com premiações internacionais.

A experiência premium da Almaúnica acontecerá sempre aos sábados e as reservas podem ser feitas pelo site Wine locals.

Vinícola Dom Cândido terá hospedagem de luxo

Vinícola Dom Cândido e, ao fundo, obras do resort Castelos do Vale

A Vinícola Dom Cândido, reconhecida e tradicional, sediada no Vale dos Vinhedos (RS) terá, a partir de 2025, uma hospedagem diferenciada em sua propriedade.

Os Castelos do Vale Resorts são o primeiro empreendimento do tipo no Brasil dentro de uma vinícola. É uma construção do grupo Mundo Planalto, em sociedade com a vinícola Dom Cândido, a JFG Incorporações e o Grupo Argon.

A hospedagem será um resort de luxo, com arquitetura medieval, e contará com academia, piscinas aquecidas e restaurantes de alta gastronomia.

Para Marcos Valduga, da vinícola Dom Candido, essa é uma oportunidade de reforçar a tradição da vinícola com enoturismo. “Temos experiências como tour, degustações, atividades durante a vindima que são sempre reservadas com muita antecedência, e o restaurante Videiras com uma culinária típica da região. Com os Castelos do Vale, o visitante terá uma experiência completa na vinícola e uma vista espetacular de seu quarto. Será uma experiência única”.

A vinícola Dom Cândido tem sua origem em 1875, quando Luigi e Leonor, avós de Cândido Valduga, chegam em território brasileiro, vindos da região do Tirol Italiano, e se instalam em uma colônia na região, hoje conhecida como o Vale dos Vinhedos. O Ano de fundação da Vinícola Dom Cândido foi em 1986.

Hard Rock Hotel Gramado será primeiro resort da marca na serra gaúcha

Maquete do hotel ( Gramado – RS)

A cidade de Gramado, principal destino turístico da serra gaúcha, terá a partir de setembro de 2027 um dos maiores projetos imobiliários do País – o Residence Club at the Hard Rock Hotel Gramado.

O hotel teve seu projeto lançado para a imprensa e convidados em 5/10, pela incorporadora Mundo Planalto. Foi realizada entrevista coletiva, apresentação da maquete do complexo e evento à noite na Casa Nuvole. O hotel ficará sediado na rodovia RS 235, e representa um investimento da ordem de R$1 bilhão.

O Hard Rock Hotel Gramado terá uma área de 87 mil m2 de construção total, e contará com 858 apartamentos, cinco restaurantes de gastronomia internacional, shopping, centro de eventos, e loja temática. O empreendimento contará ainda com Spa, academia e área de shows e eventos ao ar livre e funcionará no modelo de multipropriedade, onde cada proprietário tem direito a uma fração de tempo de uso dos apartamentos durante o ano.

O Hard Rock Hotel Gramado é um projeto realizado pela incorporadora goiana Mundo Planalto em parceria com a JFG, Argon, TOCTAO e Grupo Feltrin.

Seis vinícolas de jovens produtores brasileiros unem forças e criam projeto colaborativo

Novos talentos do vinho brasileiro

Amizade, parceria e um mesmo propósito uniu seis jovens talentos do vinho brasileiro para promover a qualidade e impulsionar o crescimento dos seus projetos. As seis empresas que eles representam criaram o Projeto Novos Talentos. O grupo é formado pelas vinícolas Bodega Iribarrem (Bento Gonçalves – Vale dos Vinhedos), Cave Antiga (Farroupilha), Cristofoli Vinhos de Família (Bento Gonçalves – Rota Cantinas Históricas), Garbo Enologia Criativa (Bento Gonçalves – Caminhos de Pedra), Monte Sant’Anna (São Marcos) e Tenuta Foppa & Ambrosi (Garibaldi), todas localizadas em importantes regiões vitivinícolas da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul.

Juntos, eles mapearam regiões-alvo para dar início a um amplo trabalho que passa, inclusive, pela troca de informações e experiências. Assim, eles buscam espalhar as virtudes da diversidade do terroir brasileiro, posicionando o vinho nacional como protagonista no mercado consumidor.

Unidos em cooperação, o grupo quer ir além da prospecção comercial, promovendo eventos com parceiros, treinando profissionais e conduzindo degustações exclusivas, sempre em conjunto. Ao combinar portfólios e formar um grande e diferenciado canal, o projeto tem o objetivo de facilitar o processo de compra por parte de distribuidores e clientes on-trade e off-trade, disponibilizando mais de 80 rótulos de vinhos e espumantes de alto padrão e muita personalidade.

Jovem, porém maduro, o grupo de seis vinícolas também vai focar esforços na participação em feiras e eventos selecionados como um bloco em ações de marketing. Assim, eles pretendem aumentar a visibilidade dos vinhos brasileiros.

Wine Garden Jazz & Blues terá música, vinhos e gastronomia no Vale dos Vinhedos

Wine Garden na vinícola Miolo ( Vale dos Vinhedos – RS)

A primeira edição do evento Wine Garden Jazz & Blues acontecerá em julho, no Vale dos Vinhedos ( RS). Num espaço totalmente integrado à natureza, no Wine Garden da vinícola Miolo, nos dias 22 e 23 de julho, das 11h às 19h, serão promovidas experiências com vinhos, gastronomia, jazz e blues.

Ao adquirir as experiências do Wine Garden (antecipadamente pela plataforma do Wine Locals), será garantido, gratuitamente, o acesso ao dia escolhido para aproveitar o festival.

Os visitantes poderão degustar em primeira mão o lançamento do Miolo Reserva Malbec e também um drink exclusivamente criado e inspirado no festival. Além disso, haverá espaço para as crianças e as tradicionais experiências do jardim mais charmoso e alto astral do Vale dos Vinhedos.

O evento terá apresentações musicais de Blues Jazzmine, DJ Zonattão, Jambo Trio, Luciano Leães Trio, Sopapo Jazz e Ícaro Chaves.

Wine Garden Jazz & Blues – Data: 22 e 23 de julho. Local: Wine Garden, Vinícola Miolo – RS-444, 21 – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves. Horário de abertura do Wine Garden: das 11h às 19h. Horário dos shows: entre 12h e 16h. Valor: R$ 50,00 por pessoa (sendo R$ 25 em consumação e R$ 25 de ingresso). Ingressos: pelo site Wine Locals.

Experiência de tour e degustação na primeira fábrica de chocolate artesanal do Brasil

Prawer Chocolates em Gramado ( RS)

Localizada em Gramado, na serra gaúcha, a Prawer Chocolates é a primeira fábrica de chocolate artesanal do Brasil e é parada obrigatória para quem quer ter uma verdadeira experiência que apresente a produção e informações importantes sobre o chocolate.

A experiência Prawer Tour & Degustação é surpreendente e vale destacar que não é possível filmar ou fotografar essa visita. O tour tem horários específicos e a reserva pode ser feita pelo site ou o voucher adquirido nas lojas da marca. Além de uma visita guiada pela fábrica, onde é possível conhecer de perto todo processo de produção, a experiência tem uma interessante degustação final com itens variados da marca.

Há mais de 40 anos, a história da Prawer está diretamente ligada à história do chocolate artesanal do Brasil. Fundada em 1975 a Prawer foi pioneira na fabricação artesanal do chocolate no País. Após o tour, o visitante sai em ampla loja da Prawer onde é possível conhecer e adquirir mais de 250 produtos da marca que são divididos entre as linhas Essencial, Originals, Armazém, entre outros.

Prawer Chocolates – Av. das Hortênsias, 4100, Estrada Gramado/Canela. RS.

Altos de Pinto Bandeira obtém 1ª DO exclusiva de espumantes do Novo Mundo

Pinto Bandeira ( RS)

Reconhecimento publicado hoje ( 29/11/22) na Revista da Propriedade Industrial, as vinícolas Aurora, Don Giovanni, Geisse e Valmarino, passam a exibir nos rótulos de seus espumantes únicos a distinção que eleva e consolida a posição da região e do Brasil no universo da bebida. Foram 10 anos desde que a Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira (Asprovinho) deu o primeiro passo na busca da obtenção da Denominação de Origem (DO) Altos de Pinto Bandeira.

Esta década serviu para consolidar processos já adotados pelos produtores, conscientes de suas condições privilegiadas de terroir – solo, clima e homem -, ideais para a elaboração de espumantes naturais de excelência. Daqui para a frente, toda garrafa de espumante natural que nasce nesta região delimitada e exibe o Selo da DO estará entregando a garantia da procedência e qualidade das uvas, assim como de cada etapa do caminho, do vinhedo à taça.

Para ter direito ao uso do Selo da DO em seus espumantes naturais, as vinícolas Aurora, Don Giovanni, Geisse e Valmarino têm que cumprir regras rigorosas de controle, desde o cultivo das uvas até o engarrafamento. O saber fazer agrícola, vitícola e vinícola deve estar em perfeito equilíbrio durante todo o processo. Tudo começa com as variedades autorizadas – Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico – que, além de serem cultivadas na área geográfica delimitada, também precisam ser conduzidas pelo método espaldeira. A interação clima-solo-videira é o que confere as características particulares necessárias para a elaboração do vinho base que vai originar o espumante natural dos Altos de Pinto Bandeira. O resultado são uvas com maturação moderada e composição equilibrada entre acidez e açúcar, com precursores aromáticos que resultam em qualidades e características de cor, aroma, paladar e estrutura determinadas pelo meio geográfico. Para completar, destaque para a atividade do homem que revela e evidencia, através de sua sensibilidade e conhecimento, a identidade do local.

Mesmo seguindo todo este protocolo, é preciso submeter os produtos a análises laboratoriais e sensoriais, com gestão do Conselho Regulador da DO. Somente depois é que o produto está apto a receber o rótulo com o Selo e seguir para a mesa do consumidor. Os primeiros espumantes com a DO Altos de Pinto Bandeira devem chegar ao mercado a partir do ano que vem.

Para o presidente da Asprovinho, Daniel Geisse, “formalizar o que já estamos desenvolvendo há muitas safras é brindar a persistência de todos os envolvidos, unidos num único propósito. Agora podemos trabalhar na consolidação do posicionamento da marca no cenário nacional e no mundo do vinho. Isso porque a DO dos Altos de Pinto Bandeira é a única DO exclusiva de espumantes do Novo Mundo”, destaca.

A DO dos Altos de Pinto Bandeira abrange 65 km² de área contínua, sendo 76,6% localizada no município de Pinto Bandeira, 19% em Farroupilha e 4,4% em Bento Gonçalves. A altitude média da região é de 632 metros, com terrenos de relevo ondulado até montanhoso. As temperaturas são mais amenas, enquanto a exposição solar é favorecida pela localização na margem esquerda do Vale do Rio das Antas e pela boa circulação horizontal do ar no alto de um dos patamares do Planalto Basáltico da Serra Gaúcha. Este conjunto de características influencia na escolha de técnicas de cultivo e manejo dos vinhedos, interferindo diretamente na qualidade do vinho elaborado.

Conheça as principais regras para o uso da DO Altos de Pinto Bandeira:

1 – Cultivares autorizadas: Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico, sendo que os vinhedos devem ser cultivados, exclusivamente, na área geográfica delimitada e estarem declarados no Cadastro Vitícola.

2 – Origem das uvas: As uvas devem ser cultivadas 100% na área geográfica delimitada da DO Altos de Pinto Bandeira.

3 – Sistemas de Condução: espaldeira.

4 – Produtividade: limite máximo por hectare de 12t/ha. A colheita mecânica é proibida para as uvas destinadas à DO, que também devem apresentar mais que 14º graus babo.

5 – Elaboração: Os espumantes com DO somente podem ser elaborados pelo Método Tradicional com tempo superior a 12 meses de guarda. Quanto ao açúcar residual estão autorizadas as classes Nature, Extra-Brut, Brut, Sec e Demi-Sec.

6 – Processos Enológicos: É permitido o uso de barricas de carvalho, tanto na primeira fermentação quanto no vinho base para espumante, sendo que para ter a DO é necessário ter a segunda fermentação na garrafa.

– Os vinhos base para espumante devem ter no máximo cinco anos, contados a partir da data de término da respectiva safra de uva.

– É permitido o uso de diferentes safras de vinhos base para espumante nos cortes, desde que das variedades autorizadas. Nos cortes, o vinho base de Riesling Itálico terá um percentual máximo de 25% sobre o volume do produto final.

– Espumantes Safrados: Os espumantes da DO Altos de Pinto Bandeira podem ser safrados, devendo conter, no mínimo, 85% de vinho base da safra mencionada.

– Rotulagem: O rótulo principal deverá conter a identificação do nome geográfico da DO, seguido da expressão Denominação de Origem. A rotulagem também deverá incluir o Selo de Controle numerado, especificando o número do lote e da respectiva garrafa do lote.